quinta-feira, 29 de junho de 2017

Homilia - 05.07.2017

O QUE QUERES DE NÓS, VIESTE PARA NOS PERDER? Mt 8,28-34
HOMILIA

A Bíblia descreve pelo menos 39 milagres que Jesus realizou durante o Seu Ministério Público, e vários outros milagres com ele, são descritos, como seu nascimento, Transfiguração, Ressurreição e Ascensão. Esta apresentação dá uma sequência cronológica dos Milagres, tal como foi apresentado nos quatro Evangelhos. Cada evento inclui a referência adequada escritural. Além disso, a localização dos eventos é indicada, para melhor seguir as viagens do Senhor, enquanto Ele estava na Terra.

Na época de Jesus, muitas enfermidades internas eram interpretadas como possessões demoníacas. Por isso, para eles, o sinal mais evidente da chegada do Reino era a vitória sobre essas forças do mal que provocava muito sofrimento. Esses demônios faziam o homem escravo e os levavam a viver fora da realidade, como morar em cemitério, ser agressivo, quebrar grilhões e se ferirem.

O endemoniado sabe da origem, do poder e da ação de Jesus. Sabe e conhece os relatos das curas que Cristo realizava, por isso O pergunta: Filho de Deus, o que o Senhor quer de nós? O Senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo? Se o Senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!

Em duas palavras: Pois vão! Jesus responde e Suas palavras produzem efeito. O homem fica curado. Jesus ao curá-lo devolve o direito de convívio com a comunidade, realizando assim a chegada do Reino também para quem não acreditava. Assim, se entende que a salvação não é somente para um povo ou uma religião, é para todos. Quanto aos prejuízos causados pela morte dos porcos devido a expulsão dos demônios, quero crer que foi por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobreviesse o prejuízo. É que eles se achavam absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de lhe poderem aceitar a graça que redime e salva proporcionando-lhes a vida eterna.

E a atitude dos moradores ao expulsarem Jesus da sua região, foi uma recusa total da salvação trazida por Ele. Oxalá, reconhecendo o poder de Jesus, o projeto de vida eterna, na pessoa de Jesus entre nós, cantemos a Deus um hino de louvor e de ação de graças!

Gritarmos, como aqueles dois homens o que o Senhor quer de nós? Só que sem desespero, porque Ele não veio para nos perder, mas para nos ganhar eternamente. Seu projeto é de vida eterna.

Pai coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.
Fonte http://homilia.cancaonova.com



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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Homilia - 04.07.2017

JESUS ACALMA O VENTO E AS ONDAS DA SUA VIDA Mt 8,23-27
HOMILIA

Jesus estava atravessando o lago da Galiléia, saindo de Carfanaum e indo para Gadara. Ele dormia, estava cansado, porque naquele mesmo dia havia curado muitos enfermos. A tempestade era típica daquela região. Os pescadores entraram em desespero assim que a tempestade começou, acordaram Jesus e Ele fez o mar se acalmar. Muitas vezes somos como os discípulos, no meio de muitas provações esqueceram quem estava com eles, guiando o seu barco e a sua vida!

Assim como eles, muitas vezes também eu e você vemos que durante a nossa caminhada cristã enfrentamos diversas provações. Em 2 Co 14,17 Paulo afirma: “Pois nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais que todos eles”.

Deus opera em nossa vida, para desenvolver o nosso caráter, nos moldar e aperfeiçoar. Por mais que você peque, erre feio, Ele nunca vai desistir de você. Jesus veio para morrer pela sua vida, seus pecados, e hoje você pode comemorar isso com Ele, em uma caminhada íntima.

Durante o nosso dia-a-dia, enfrentamos diversas provações todo o tempo, essas dificuldades nos forçam a olhar para Deus e a depender Dele em vez de confiar em nós mesmos. Não importa o tamanho da sua “onda”, do seu problema ou da sua provação, Deus vai estar lá para ajudar você a enfrentá-la.

Jesus estava dormindo e os discípulos acharam que pelo fato Dele está dormindo, eles iriam perecer, morrer na tempestade. Eles estavam estranhando a calma de Jesus, o Seu silêncio, durante toda a tempestade. Mas Ele não iria deixar de agir! Deus age, por mais que para você Ele esteja parecendo em silêncio! Em Is. 8:17 diz: “Ele se escondeu do seu povo, mas eu confio Nele e Nele ponho minha esperança”. Devemos amá-lo durante todo tempo! Por mais que Ele pareça distante! Devemos confiar e entregar os nossos planos nas mãos Dele. Precisamos dizer: “Senhor que os Teus planos, sejam o objetivo da minha vida”; “Eu preciso diminuir para que somente Tu cresça dentro de mim”. Esse “distanciamento” ou “silêncio” de Deus, está relacionado a maturidade da sua amizade com Ele. Então, você pode se perguntar: “Senhor qual o meu problema?” O Seu problema?! Você pára para pensar, e analisar, talvez, você esteja pegando a onda errada, tomando um rumo que não vai de acordo com os planos de Deus na sua vida, como por exemplo, a onda do mundo, buscando coisas erradas, que magoam o coração de Deus! Então, Ele se cala para você refletir sobre suas atitudes, e voltar a buscá-lo verdadeiramente.

Não procure somente uma experiência com Deus, busque a Ele acima de tudo! Ele quer que você confie Nele. A fé agrada a Deus! Diga a Deus como você está se sentindo. Confie que Deus cumprirá Suas promessas. Não esqueça que Jesus desistiu de todas as coisas para que você pudesse ter todas as coisas. Ele morreu para que você tivesse vida e vida em abundância! E pudesse ter a oportunidade de fazer coisas que você gosta, seja surfar, jogar, correr… E esse já é um bom motivo, motivo suficiente para o seu agradecimento contínuo, e uma vida de louvor e consagração! Deus sabe como você se sente! Ele está decidido a acalmar as tempestades, os ventos e as ondas que assolam e abalam a barca da tua vida, da tua casa e de toda a tua família. Veja o que está escrito em Hb. 13,5: “Deus mesmo disse: Nunca os deixarei e jamais os abandonarei”. Portanto, coragem! Alegra-se! Ele está com você, entregue tudo nas mãos Dele, seus sonhos e planos… Espere com paciência no nosso Senhor que Ele agirá em seu favor!

Pai põe no meu coração a certeza de que o Ressuscitado está comigo e me dá força nos momentos de tribulação. E, assim, eu dê provas de que a minha fé é sólida.
Fonte http://homilia.cancaonova.com

Homilia - 03.07.2017

JESUS E TOMÉ Jo 20,24-29
HOMILIA

Este Evangelho nos chama atenção pela falta de fé do discípulo Tomé que por tanto tempo acompanhou Jesus, que conviveu lado a lado, que partilhou dos mesmos ideais do Mestre.

Ora, pois, bem! Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Só este discípulo estava ausente; e, ao voltar e ouvir contar o que acontecera, negou-se a acreditar no que ouvia. Veio outra vez o Senhor e apresentou ao discípulo incrédulo o seu lado para que lhe pudesse tocar, mostrou-lhe as mãos e, mostrando-lhe também a cicatriz das suas chagas, curou a ferida daquela incredulidade. Que pensais, irmãos caríssimos, de tudo isto? Julgais porventura ter acontecido por acaso que aquele discípulo estivesse ausente naquela ocasião, que ao voltar ouvisse contar, que ao ouvir duvidasse que ao duvidar tocasse e que ao tocar acreditasse?

Tudo isto não aconteceu por acaso, mas por disposição da providência divina. A bondade de Deus atuou de modo admirável, a fim de que aquele discípulo que duvidara, ao tocar as feridas do corpo do seu Mestre curasse as feridas da nossa incredulidade. Mais proveitosa foi para a nossa fé a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos que não duvidaram; porque, enquanto ele é reconduzido à fé porque pôde tocar, a nossa alma põe de parte toda a dúvida e confirma-se na fé. Deste modo, o discípulo que duvidou e tocou, tornou-se testemunha da realidade da ressurreição. Tocou e exclamou: Meu Senhor e meu Deus. Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, acreditaste.

A incredulidade de Tomé chocou até mesmo os outros discípulos. Mas entenderam a atitude do amigo, afinal nem eles mesmos haviam acreditado que Cristo iria ressuscitar ao terceiro dia, apesar de terem presenciado a ressurreição de Lázaro após quatro dias de morto. Como não teria poder para ressuscitar a Si mesmo para a Glória de Deus?

Jesus, com sua bondade infinita, pediu a Tomé que tocasse em suas chagas, mas não foi preciso, alí mesmo Ele reconheceu o poder imenso do Filho de Deus, que desceu à mansão dos mortos e veio a ressuscitar para também nos ressuscitar das trevas.

Como o apóstolo Paulo diz: A fé é o fundamento dos bens que se esperam, a prova das realidades que não se vêem, torna-se claro que a fé é a prova da verdade daquelas coisas que não podemos ver. Pois aquilo que se vê já não é objeto de fé, mas de conhecimento direto. Então, se Tomé viu e tocou, porque é que lhe diz o Senhor: Porque me viste, acreditaste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade exclamando: Meu Senhor e meu Deus. Portanto, tendo visto acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver.

A falta de fé muitas vezes nos deixa cegos para o amor, nos deixa cegos para reconhecer Jesus como o verdadeiro Messias e Salvador, a falta de fé nos deixa cegos para reconhecer em cada irmão necessitado a presença viva de Jesus, a falta de fé nos deixa cegos para amar o próximo, a falta de fé nos deixa cegos para crer que a PAIXÃO, MORTE e RESSURREIÇÃO de Jesus foi em nome de toda a humanidade.

Muita alegria nos dá o que se segue: Felizes os que não viram e acreditaram. Por esta frase, não há dúvida que somos nós especialmente visados, pois não O vimos em sua carne, mas possuímo-l’O no nosso espírito. Somos nós visados, desde que as obras acompanhem a nossa fé. Na verdade só acredita verdadeiramente aquele que procede segundo a fé que professa. Pelo contrário, daqueles que têm fé apenas de palavras, diz São Paulo: Professam conhecer a Deus, mas negam-n’O por obras. A este respeito diz São Tiago: A fé sem obras é morta!
Fonte http://homilia.cancaonova.com

Homilia - 02.07.2017

A AFIRMAÇÃO DE PEDRO Mt 16,13-19
HOMILIA

Na narrativa de Mateus encontramos duas de suas características dominantes. Ele acentua a dimensão messiânica de Jesus e já apresenta sinais da instituição eclesial nascente. Escreve na década de 80, quando os discípulos de Jesus oriundos do judaísmo estavam sendo expulsos das sinagogas que até então frequentavam. Ele pretende convencer estes discípulos de que em Jesus se realizam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel. Daí o acentuado caráter messiânico atribuído a Jesus por Mateus. Os cristãos, afastados das sinagogas, começam a estruturar-se em uma instituição religiosa própria, na qual a figura de referência é Pedro, já martirizado em Roma. Pedro é apresentado como o fundamento da Igreja e detentor das chaves do Reino dos Céus.

Ó Deus, hoje nos concedeis a alegria de festejar S. Pedro e S.Paulo… apóstolos que nos deram as primícias da fé. Estamos aqui como Igreja a reconhecer a unidade de fé que viveram na diversidade de missão. Por isso os celebramos juntos. Sua fé em Jesus foi força que encontraram para suas vidas e para sua missão. O Espírito moldou seus corações de tal modo que puderam, como diz Paulo, dizer: “Para mim, viver é Cristo” (Fl 1,21). Pedro faz a primeira expressão de fé do discípulo: “Tu és o Messias, o Filho de Deus Vivo” (Mt 16.16). Eu tenho a tentação de ver Pedro mais ligado à tradição e Paulo como um tipo mais avançado e rebelde. Os dois eram parecidos. Vemos Pedro romper com a tradição judaica e entrar em casa de pagãos consciente de que não devia chamar de impuro o que Deus declarara puro (At 10,15). Pedro abre as portas do paganismo ao Evangelho, no Concílio de Jerusalém, tachando a tradição judaica de um jugo impossível de suportar (At.15,10). Era uma grande libertação que fazia dentro de si mesmo pela ação do Espírito. Essa posição liberou a Igreja. Esse ato dá liberdade total a Paulo para evangelizar os pagãos (v.12). Paulo tão forte na liberdade, mantém tradições judaicas como cortar cabelos para cumprir um voto (At 18,18) e, por causa dos judeus, circuncidar Timóteo que tinha pai grego (At 16,3). A fé professada por Pedro se dá em um momento crucial da vida de Jesus, e O anima a seguir rumo à Paixão. Pedro recebe uma bem-aventurança: “Feliz és tu Simão, pois não foi um ser humano que te revelou isso, mas meu Pai que está nos céus”. Tem o dom de ser pedra de alicerce sobre a qual Jesus constrói a Igreja e lhe dá o poder de ligar e desligar (Mt 16,17-19). Paulo reconhece a ação do Espírito: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4,7).

Deram a vida pela Igreja e por Cristo. Rezamos no prefácio: “Unidos pela coroa do martírio, recebem igual veneração”. Eles têm consciência durante sua vida de que a perseguição que sofrem é por causa do Evangelho. Herodes desencadeou a perseguição sobre a Igreja; Matou Tiago e prendeu Pedro para apresentá-lo ao povo e ser morto. Ele foi libertado da prisão por um anjo (At 12,1-11). Paulo tem consciência do fim: “Já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida” (2Tm 4,8). Os dois têm a experiência de que são protegidos pelo Senhor: “O Senhor esteve a meu lado e me deu forças” (v. 17); Pedro reconhece: “Agora sei que o Senhor enviou seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava” (v.11).

O ensinamento desta festa à Igreja é a abertura à tradição e ao acolhimento da novidade para ser fiel. A Igreja tem que se voltar sempre para o dinamismo destes dois homens que deram a vida pelo evangelho. Eles nos ensinam. Não podemos ficar na superficialidade e celebrar sem refletir o que os fez grandes. Eles não só são colunas da fé, mas também dão rumos para seu futuro. Vivemos tempos nos quais há tendências de voltar à tradição pela tradição e à novidade pela novidade. Mas devemos partir da fé que professamos em cada celebração.

A Igreja celebra Pedro e Paulo no mesmo dia porque trabalharam na unidade da fé e na diversidade de modalidades. Sua força apostólica está na fé em Jesus. Pedro e Paulo não se diferem pelo apego à tradição ou inovação, mas pelo campo. Ambos têm a tradição que preserva e a inovação que assume caminhos novos. Ambos vivem da fé.

Unidos pelo martírio recebem igual veneração. Sofrem por causa do Evangelho. Herodes prende Pedro e Paulo está preso em Roma com a consciência de ter combatido o bom combate e guardado e fé. Ambos sabem que o Senhor esteve sempre com eles.

O ensinamento desta festa é a abertura à tradição e o acolhimento da novidade para ser fiel. Eles são colunas da Igreja, mas também dão rumos. Há tendência de voltar à tradição pela tradição ou ir à novidade pela novidade. Como Pe. Vitor Coelho dizia: a Igreja não é de bronze, pois enferruja. É uma árvore que cresce porque tem ramos novos e permanece porque tem tronco.

Celebrando S. Pedro e S. Paulo nós celebramos a ação de Deus em Jesus para implantar o seu Reino no mundo. Ele usou duas luvas de briga: uma grosseira, Pedro, e outra mais caprichada, Paulo. Por que essa diferença?

Os dois implantaram a Igreja de Deus em dois mundos diferentes, mundo judeu e mundo pagão. Missão diferente, mas o mesmo fim. Diferente é o modo de compreender a fé. Isso enriquece. O judaísmo tende ao ritualismo; o paganismo tende a um modo mais livre de vida. A Igreja se enriquece com esses dois modos de entender.

Eles se fundam na fé. Pedro e Paulo vivem Jesus. Mesmo passando na boca do leão, foram salvos e preservados. Deram a vida por Jesus. Eles falavam grosso e tinham o que dizer sobre Deus. Eu e você, o que temos feito no que toca a nossa fé em Deus?

Pai consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/


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Homilia - 01.07.2017

A FÉ DO CENTURIÃO Mt 8,5-17
HOMILIA

As promessas de Deus a Abraão não eram apenas para ele, mas para toda a sua descendência; e a descendência de Abraão são todos os que, pela fé, se virão a tornar membros do povo de Deus. Assim o declarou Jesus, quando, no centurião, encontrou alguém que, não sendo descendente de Abraão segundo a carne, pois que era pagão, se tornou tal pela fé, enquanto que os que eram da descendência carnal de Abraão seriam lançados fora por não aceitarem na fé a palavra que Jesus lhes anunciava.

Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:

«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.» Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro:

‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’, e ele faz.» Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.» Disse, então, Jesus ao centurião:

«Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado.

Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito com febre. Tocou-lhe na mão, e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo. Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos; e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.

A fé do centurião nasce do testemunho de amor de Jesus. Não é uma fé decorrente das tradições do judaísmo. Sua fé supera a fé de Israel. O “choro e ranger de dentes” aparece seis vezes em Mateus. É uma fórmula típica da manifestação da cólera divina contra o pecador, inspirada no Primeiro Testamento. E Mateus é o único evangelista a fazer esta interpretação teológica. Com a narrativa da expulsão de espíritos maus e das curas, Mateus associa cumprimento das profecias na pessoa de Jesus. Ele faz a inculturação de Jesus de Nazaré nas tradições do judaísmo. Cabe à ação missionária fazer a inculturação de Jesus nas diversas culturas do mundo de hoje. E os missionários de hoje sou eu, és tu meu irmão e minha irmã. A massa que temos por missão de fermentar, a carne ou o peixe que temos que salgar para não apodrecer é primeiro os da minha e tua casa, o marido, a esposa, os filhos. Depois os vizinhos, os amigos e colegas. Todos aqueles com quem nos encontramos no nosso dia a dia. Que seja uma tarefa dura e difícil já o sabemos. Mas que é possível o milagre acontecer não tenha dúvidas. Olhe para a fé do centurião.

A condição de centurião pode ser minha e tua. Assim como ele implorando pedia que Jesus fosse com ele para curar o seu empregado, assim eu e tu devemos gritar para o Senhor: vinde Senhor curar a minha doença, os meus vícios e toda a minha família
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

terça-feira, 27 de junho de 2017

Homilia - 30.06.2017

SÊ CURADO Mt 8,1-4
HOMILIA

Sê curado, foi a resposta de Jesus ante aquele homem, regeitado por tudo e por todos. Condenado a solidão como fruto dos seus próprios pecados. Como era constume da época tratar todas as pessoas afetadas pela lepra.

O homem, reconhece em Jesus a única solução, a única saida para a sua enfermidade. Se aproxima d’Ele com muita fé, confiança e esperança de que a sua doença será curada, caso o Médico dos médicos quisesse. De joelhos suplica: Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.

Veja meu irmão, minha irmã. O leproso prefere usar a palavra purificar e não curar. Por quê? A razão é simples. Somente Jesus tem o poder. E o Seu poder não somente cura. Porque quem é curado fisicamente pode vir a contrair no futuro ou a mesma doença ou uma outra. Ao passo que o purificar, vai mais longe. Tem um alcance espiritual. Diz respeito ao nosso relacionamente com Deus. Invoca o perdão de Deus que não por mérito próprio, mas por mandato do próprio Deus os sacerdotes administram nos confessionários.

Segundo a doutrina da nossa mãe igreja católica, os pecados são categorizados em três grupos:

1 – o pecado original, que é transmitido a todos os homens, sem culpa própria, devido à sua unidade de origem, que é Adão e Eva. Eles desobedeceram à Palavra de Deus no início do mundo, originando este pecado, que, felizmente, pode ser actualmente perdoado pelo sacramento do Baptismo. Este pecado faz com que “a natureza humana fique submetida à ignorância, ao sofrimento, ao poder da morte, e inclinada ao pecado.

2 – o pecado mortal, que é cometido “quando, ao mesmo tempo, há matéria grave, plena consciência e deliberado consentimento. Este pecado destrói a caridade, priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do Inferno, se dele não nos arrependermos” sinceramente.

3 – o pecado venial, “que difere essencialmente do pecado mortal, comete-se quando se trata de matéria leve, ou mesmo grave, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. Não quebra a aliança com Deus, mas enfraquece a caridade; manifesta um afecto desordenado pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e na prática do bem moral; merece penas purificatórias temporais”, nomeadamente no Purgatório.

E o único que tem o poder de perdoar os pecados que tornam o homem impuro e por isso, merecedor do castigo eterno é Jesus. Em outro espaço da Sagrada Escritura Jesus diz aos sumos sacerdotes e anciãos do povo perante a cura do paralítico: para saberdes que o Filho do Homem tem poder de perdoar os pecados, levanta-se e anda.

O pecado nos faz leprosos, nos esola dos amigos de Deus, nos retira a dignidade de filhos e filhas de Deus. Quebra a nossa vida com Deus. Ele nos suja e nos leva à morte. Pois como diz São Paulo, o salário da pecado é a morte.

Todavia, ele não é maior do que o coração aberto de Jesus na cruz pela lança do soldado. Ele não tem mais poder do que os braços abertos de Cristo sempre pronta para nos compreender, e dialogando conosco nos acolher e perdoar todas as nossas faltas. Para Ele, não há pecado algum que não possa ser perdoado. Basta na humildade e simplicidade do coração nos ajoelharmos como este leproso que arguermos a nossa voz: Senhor se queres podes me purificar.

A única palavra que ouviremos d’Ele não é de censura, não! É pura e simplesmente esta: Eu quero, fique limpo. Este é o coração manso e humilde, lento na ira e rápido em perdoar os pecados. Ele olha para o coração arrependido e o espírito humilhado. Portanto, pare de sofrer e se maltratar por causa dos grande ou poucos pecados que cometeste. Para Ele, ainda que eles sejam vermelhos como a púrpura ficarão brancos como a neve. Levante a cabeça. Recomece hoje. Procure o sacerdote da sua comunidade. Jesus já te perdoou, vai à ele apresente o teu arrependimento e cumpra a penitência que ele te recomendar e serás totalmente purificado.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

Homilia - 29.06.2017

QUEM PODE ENTRAR NO REINO DO CÉU? Mt 7,21-29
HOMILIA

Meu irmão, minha irmã, você sabia que a nossa entrada no Reino dos céus não acontece em vista de palavras pronunciadas, orações recitadas e pregações bem elaboradas? Que não adiantará nada para nós somente, clamar Senhor, Senhor, e não pôr em prática a vontade de Deus?

Pois é. Se não sabia é preciso que o saiba! As nossas ações têm mais eficácia do que as nossas palavras.  Se não praticamos o que dizemos, tudo será igual a nada. Para que nós possamos entrar no Reino dos céus, precisamos estar firmes no seguimento da vontade de Deus que se apresenta por meio de Sua Palavra.

Praticar o mal é não fazer conforme nos direciona a Palavra de Deus e agir conforme os nossos próprios pensamentos humanos. O próprio Jesus nos mostra no Evangelho: ouvir a Palavra e praticá-la é construir na rocha. A casa construída sobre a rocha é a vida do homem que caminha à luz da Palavra de Deus. Deus é a Rocha, Deus é o Amor e aquele que se ajusta à Sua vontade, terá uma vida firme, confiante e as tempestades, os terremotos, os ventos não o abalarão.

As dificuldades da nossa vida são momentos preciosos para percebermos se estamos firmes sobre a rocha firme que é Jesus, ou não.

Existem devoções às ostensivas invocações do nome de Jesus e às espantosas narrativas de expulsões de demônios e de milagres de Jesus. Contudo, estas devoções podem dar uma satisfação pessoal que leva à omissão das práticas essenciais que realmente agradam a Deus.

Neste texto de Mateus, vemos que a fidelidade a Jesus está na prática da vontade do Pai que está nos céus. É isto que se pede na oração do Pai-nosso. Jesus nos revelou a vontade do Pai na proclamação das Bem-aventuranças e na sua vida, com seu amor promovendo os pobres e excluídos.

Como você está construindo a casa da sua vida: na rocha ou na areia? – Você já experimentou alguma tempestade na sua vida? Como ficou a sua casa? –- Você sente firmeza nos seus pés nas horas das dificuldades? – Você acha que a sua vida está firmada sobre a Rocha ou você é um “homem sem juízo”? – Em que a Palavra de Deus o (a) tem instruído?

Pai, eu quero caminhar com sinceridade para a comunhão contigo, no teu Reino. Que todos os meus gestos e palavras estejam sempre alicerçados na Tua vontade.
Fonte http://homilia.cancaonova.com


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Homilia - 28.06.2017

Conhecemos uma árvore de Deus por seus frutos
HOMILIA

Só se conhece uma árvore, quando ela vive aquilo que prega e não faz da Palavra de Deus um meio para se enriquecer e para se tornar mais do que os outros.

“Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes” (Mateus 7, 15).

Nós, na maturidade da fé, não podemos nos deixar encantar por palavras bonitas, palavras que parecem prodigiosas, mas, no fundo, são enganosas. Falar de Deus não é difícil não! Hoje existem cursos, artes de oratória e treinamentos para que se fale tudo que se possa de Deus, muitas vezes, de modo até melhor do que nós cristãos. Conheci gente que nem acreditava em Deus, mas sabia tudo da Bíblia – leu, estudou, analisou, criticou e fez dela o que quis.

Conhecemos uma árvore, quando ela é de Deus, pelos frutos que ela dá e, às vezes, achamos que os frutos vão fazer muitos milagres, curar ali e aqui, coisas que satisfaçam aquilo que nós queremos. Os frutos que Jesus nos fala são os frutos do Espírito.

Só se conhece uma árvore quando ela é boa, quando ela é generosa, quando ela é afável e mansa, quando ela, na verdade, vive aquilo que prega e não faz do Evangelho, não faz da Palavra de Deus, um meio para se enriquecer e para se tornar mais do que os outros.

Não nos convém julgarmos nenhuma religião, não nos convém julgarmos nenhum homem, nenhuma mulher, porque o julgamento cabe somente a Deus; mas cabe a nós termos o discernimento e a sabedoria para não sermos iludidos e enganados no mundo em que nós vivemos.

A Igreja, desde os seus primórdios, tem sofrido devido a vários daqueles que se dizem pregadores, seguidores do Senhor e, na verdade, não vivem ou não pregam o Senhor como os apóstolos o faziam. Os tempos se passaram e se multiplicam os  falsos profetas e se multiplicam as falsas igrejas. É verdade que vivemos no mundo da liberdade religiosa; e como nos faz bem a liberdade de culto, a liberdade de pregar, a liberdade de anunciar [nossa fé]. A liberdade só não pode ser um pretexto para o erro, para a ilusão e para o engano.

Existem tantas coisas boas, existem tantas pregações maravilhosas, existe muita vivência de Deus em outras igrejas que não são católicas; existe muita bondade, existe muita vivência do mandamento de Jesus até em igrejas que não são cristãs, mas não cabe a nós dizermos que tudo é bom e que basta falar de Deus. Este talvez seja o maior dos enganos e um tremendo mal para os nossos dias.

É preciso discernir o que, de fato, é de Deus, é preciso olhar as obras e os frutos que estão sendo gerados. Não são imagens bonitas na televisão, não é o choro, não são as lágrimas que esperamos da pregação do Evangelho; o que se espera é que essa pregação favoreça a união, o bem e, sobretudo, o amor entre os irmãos.

Onde se vive o amor, Deus ali está presente! Onde se prega o dinheiro, curas e tantas outras coisas acima do amor de Deus devemos questionar e nos rever e olhar para dentro de nós e perceber se estamos sendo verdadeiros profetas de Deus e se estamos verdadeiramente vivendo Seus mandamentos ou não.

Que Deus hoje nos dê a graça de olharmos para dentro de nós para não nos enganarmos e não enganarmos a ninguém na vivência da Palavra do Senhor!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/


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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Homilia - 27.06.2017

A PORTA ESTREITA Mt 7,6.12-14
HOMILIA

Temos aqui mais algumas sentenças esparsas da coleção de Mateus, compiladas no Sermão da Montanha. A primeira destas sentenças é enigmática e choca por seu teor rude e discriminatório. Estamos próximos da conclusão do sermão da montanha sobre a vida no Reino de Deus. Jesus chama seus ouvintes para fazerem uma escolha e depois dá-lhes a “regra de ouro” do agir: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam”. Esta norma de comportamento faz parte da cultura universal e supre a complexidade de toda a Lei e dos Profetas. A alusão às portas e aos caminhos, largos ou estreitos, aponta para o Império Romano. Na ânsia de exploração e dominação, construíram largas estradas para as grandes cidades dominadas, com suas amplas portas, centros de produção e comércio, favorecendo a expropriação. O acesso às pequenas aldeias do povo humilde e pobre era feito por estreitas vias. Para isto, Ele conta três metáforas — uma sobre duas portas, outra sobre duas árvores e outra sobre dois alicerces. Um local conhecido, hoje em dia na cidade de Belém, é a Igreja da Natividade, construída onde se acredita que Jesus tenha nascido.

A imensa igreja tem apenas uma pequena entrada. Para entrar na igreja, através dessa pequena porta, a pessoa tem que se curvar, praticamente tem que se agachar. E a não há possibilidade de entrar levando consigo alguma bagagem.O significado da pequena entrada dessa igreja é claro. Há apenas uma porta por onde se pode entrar no Reino de Deus e essa porta é estreita. Jesus deixa claro que Ele é a única porta para as ovelhas — Ele é o único caminho para o céu e para o dom da vida eterna (João 10:7-9; João 3:16; 14:6).

O discípulo deve rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos.

Todos procuram uma vida melhor e mais segura, e por isto se fadigam e correm. Numa tarefa assim tão importante, é conveniente que não andemos atrás dos outros, mas que verifiquemos com cuidado e sabedoria em quais mãos colocamos o nosso futuro, a nossa eternidade. Não nos esqueçamos que o guia seguro que devemos buscar é Jesus.

A porta é estreita, mas quando se passa por ela, os campos são verdes, a água cristalina, a proteção é completa. Há fartura, alegria e paz do outro lado, o lado da vida plena em Cristo Jesus.

Pai, faze-me capaz de reconhecer quem está predisposto a acolher a tua mensagem, de forma que eu não semeie a tua Palavra no coração de quem lhe é refratário.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

Homilia - 26.06.2017

NÃO JULGUEIS E NÃO SEREIS JULGADOS Mt 7,1-5
HOMILIA

A partir do capítulo 7 de S. Mateus, que hoje começamos a ver, o discurso da montanha parece tomar uma nova profundidade, orientado mais em particular para os discípulos, isto é, para os membros da comunidade cristã de Mateus e de todos os tempos.

O contraste exagerado entre o cisco no olho alheio e a trave no próprio pode refletir um provérbio popular de então, a rápida observação das faltas dos outros, em contraste com a tolerância das faltas do próprio caráter, é tema comum em todos os povos e línguas. E por isso, os homens ao longo dos tempos foram compondo provérbios que iluminam claramente as suas culturas e tradições.

No provérbio de hoje Jesus pretende chamar a atenção dos seus discípulos para um perigo que os cerca: o perigo de se considerarem perfeitos e superiores e por isso se separarem dos outros, como fariseus. O significado da palavra fariseu é separado.

O sentido que tem aqui o verbo julgar não é simplesmente fazer-se uma opinião, algo que dificilmente poderemos evitar, mas julgar duramente, ou seja, condenar os outros, como se diz na passagem paralela de S. Lucas: Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados (6, 37).

O julgamento pertence a Deus e não a nós, porque só Deus conhece a fundo o coração do homem. Constituir-se em juiz dos outros é uma ousadia irresponsável, é tomar o lugar de Deus. Deus nos aceita e ama todos tal como somos, e olha-nos com amor de Pai que dissimula as faltas dos seus filhos, a quem vê através do seu próprio Filho, Cristo.

Se, anteriormente, ao longo do discurso da montanha, Jesus falou do perdão das ofensas e do amor inclusivamente ao inimigo, para tentar aproximar-nos ao menos um pouco da perfeição de Deus, agora está apontando à imitação da sua misericórdia. Como diz o livro da Sabedoria, Deus compadece-se de todos corrige os que caem para que se convertam e acreditem n’Ele.

À medida que usarmos com os outros, usá-la-ão conosco. Isso não quer dizer que Deus – a quem não se menciona no texto por respeito – nos julgará com a nossa medida injusta e impiedosa. Esse não é o seu modo de proceder. Certamente, quem age assim com os outros, expõe-se a um julgamento mais severo para si mesmo.

Deus teria, digamos, duas medidas para o seu julgamento: uma de justiça, outra de misericórdia. Ele medir-nos-á com aquela que nós utilizarmos, nesta vida, com os irmãos. É a mesma lição da parábola do devedor insolvente que é perdoado e não perdoa, ou a contida petição do Pai-nosso: perdoa as nossas ofensas… O que condena o irmão auto-exclui-se do perdão de Deus e cai sob a jurisdição da lei, que não deixará de acusá-lo e condenar como imperfeito que é.

Todos somos imperfeitos, tanto e mais que os outros, ainda que, julgando-os com superioridade, os desprezemos. Tal atitude, desprovida de amor, provém da nossa própria cegueira que nos impede de ver os nossos defeitos. Manter a conscientemente tal postura é hipocrisia astuta, cujo modelo no evangelho são escribas e fariseus.

É muito velho o costume de criticar os outros. Assim, pensamos justificar-nos a nós como melhores. Mas, a experiência demonstra que os mais críticos, os que julgam ser perfeitos, saber tudo e ter a melhor solução para qualquer problema, costumam ser os que menos fazem e levam aos outros.

Um olhar no espelho, uma vista de olhos à nossa pequenez e insignificância, à nossa “trave” no olho, minimizará sem dúvida as falhas dos outros, e far-nos-á mais tolerantes e acolhedores, pensando que os outros também têm que suportar-nos a nós. Conhecer as nossas próprias limitações, admiti-las e aceitá-las ensinar-nos-á, a saber, estar e viver com os outros. Assim, caminharemos em verdade e simplicidade, com ânimo de fraternidade, tolerância e compreensão para com os outros sem os condenar.

Se Deus é otimista a respeito do homem e o ama apesar de tudo, o discípulo de Cristo há-de fazer o mesmo em relação aos seus irmãos. Este é um caminho mais seguro para a realização e a felicidade pessoal do que o engano da presunção.

Meu irmão, minha irmã, nós não temos o direito de julgar, ao menos que tiremos primeiro a trave que está no nosso olho. Ou seja, se eu sou um exemplo, no caso tenho todo direito de julgar, mas através da Escritura, logo, se eu sou um homem integro diante de Deus no que concerne a alguma prática, seja ela confessional, doutrinária, ou moral, tenho duas ferramentas em mãos e que contribuem entre si para o julgamento Cristão; Primeiro: O fato que a Escritura Sagrada condena expressamente determinada prática, e em segundo, eu sou um homem que não pratico tais coisas, e assim, a trave do meu olho já foi tirada, e se eu tirei a trave do meu olho, tenho todo o argumento para tirar o argueiro do olho do meu irmão.

Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso comigo.
Fonte http://homilia.cancaonova.com


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Homilia - 25.06.2017

Não tenhamos vergonha de testemunhar Deus ao mundo!
HOMILIA

Não temos vergonha de ser diferentes e dizer para o mundo que Deus faz diferença! Precisamos em primeiro lugar testemunhar com a nossa vida qual é o tamanho do amor que nós temos por Deus!

“Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus” (Mateus 10, 32).

A Palavra de Deus hoje nos convida a não termos medo de testemunhar o amor de Deus no mundo em que nós estamos. Não ter medo porque sabemos que, em muitos lugares, a Palavra de Deus não vai ser aceita, o Evangelho não vai ser aceito e, por causa disso, muitas vezes, podemos nos sentir intimidados, envergonhados e o temor tomar conta do nosso coração: “Tenho medo de declarar o meu amor por Deus; tenho medo de reconhecer diante dos homens aquilo que eu sou!”

Mas deixe-me dizer uma coisa a você: quando nós falamos em não ter medo, não quer dizer que nós precisamos subir em cima da mesa do nosso escritório, no nosso trabalho e ali obrigar e brigar para que as pessoas se convertam. Não significa que nós precisamos criar brigas, confusões e discussões por causa do nome do Senhor.

O que nós precisamos, em primeiro lugar, é testemunhar com a nossa vida qual é o tamanho do amor que nós temos por Deus. Aqui se trata de não ter medo de ser diferente; sim, aquele que se declara por Deus é diferente, ele se veste diferente, ele fala diferente, ele não é melhor do que ninguém, ele não se veste melhor do que ninguém, não fala melhor do que ninguém; mas ele tem uma opção de vida, ele pauta a sua vida segundo o Evangelho.

Tem gente que tem vergonha de não beber, por exemplo, porque todo o mundo bebe. ”Se eu não beber vão me chamar de ‘carola’, vão me chamar disso e daquilo”. Não, você se tomou por convicção por causa de Deus que beber e se embriagar não é de acordo com a vontade de Deus. Não tenha medo de testemunhar que essa vida não convém a você! E isso também vale para a forma de se vestir, de se comportar, e em tudo. Nós não precisamos ter medo de declararmos a nossa convicção de vida.

Nós não somos melhores do que ninguém, mas é verdade que somos diferentes. Nós fizemos a opção pelo Evangelho, e aquele que se declara diante dos homens, em favor do nome de Jesus, não precisa ter receio, porque Ele vai se declarar diante do Pai em favor de mim e de você que não temos vergonha d’Ele, que não temos vergonha de ser de Deus, vergonha de não nos comportarmos como todos. Não temos vergonha de ser diferentes e dizer para o mundo que Deus faz a diferença.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/


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terça-feira, 20 de junho de 2017

Homilia - 22.06.2017

PAI NOSSO Mt 6,7-15
HOMILIA

A oração mais perfeita e completa que temos é o PAI NOSSO. Muitos dos nossos irmãos evangélicos criticam nosso rezar, porque dizem que se trata de palavras repetidas, não são espontâneas, mas eu digo a você, meu irmão, minha irmã. Se você souber entender a oração que Cristo nos deixou, se refletir cada palavra, e se principalmente viver estas “palavras repetidas” não precisamos de mais nenhuma oração. Porque aqui nós encontramos tudo o que precisamos para sermos santos.

PAI NOSSO, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; Você já reparou que Jesus não disse meu Pai? Deus é Pai de todos nós, e temos de ter uma consciência comunitária nas nossas orações. Que está no céu, em toda parte inclusive aqui, agora. Santificado seja o vosso nome significa que não só o nome mais a realidade divina em três pessoas seja adorada, glorificada, conhecida e acreditada no mundo inteiro. Para que isso aconteça, precisamos fazer a nossa parte de anunciadores da mensagem de Jesus Cristo.

Não temos mais reis hoje em dia. Importante é explicar aos nossos filhos e aos meninos e meninas do catecismo, o que isso significa: “venha a nós o governo de Deus.” Ou seja, que todos permitam que Deus governe as suas vidas. Todos, porque não devemos rezar como se só existisse a nossa pessoa no universo. O Pai Nosso está no plural, como toda oração pronunciada por nós deve ser não somente para nós, mas para todos.

Que seja feita a vontade do Pai, ou de Deus, e não a nossa vontade, não a vontade de satanás, não a vontade do assaltante, não a vontade egoísta daqueles que pretendem prejudicar-me, não a vontade daqueles que querem me afastar do caminho, da verdade e da vida.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje; E amanhã? Eu não vou comer? Amanhã nós vamos rezar, agradecer e pedir de novo. Este é o procedimento, porque Deus nos aconselha a não nos preocuparmos com o dia de amanhã. Por isso vamos pedir o pão somente para hoje. Pão, aqui, não significa somente o pão da padaria, mas sim a comida, a saúde para trabalhar, o estudo que nos prepara para ganhar dinheiro para comprar pão, o emprego que anda tão difícil hoje em dia, etc.

Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; Já sei. Você brigou com o seu vizinho que estava sendo injusto com você e sua família perturbando o seu sossego com barulhos fora de hora, e está se achando tão culpado que não pode nem comungar na próxima missa. Quando somos lesados, injustiçados, precisamos recorrer aos nossos direitos. Porque se todo cristão ficar bonzinho sem reclamar de nenhum abuso dos outros, todos vão se aproveitar da gente, fazendo-nos de bobos. No entanto, depois da tempestade vem sempre a calmaria, a paz. Fiquemos atentos, que Jesus sempre nos conduz a fazermos as pazes. Você pode comungar se tiver o propósito de fazer de tudo futuramente para se reconciliar com o seu vizinho. Hoje está difícil, depois de tanta injustiça por parte dele e de tanta troca de verdades de um lado e do outro. Para ficar de bem, pedir desculpas nem sempre se encaixa bem. Fará o mesmo efeito, uma brincadeira, umas piadinhas, de cá e também, de lá. Deixa passar a raiva, e então comece a se abrir para a reconciliação com seu irmão.

E não nos deixeis cair em tentação, porque são muitas, aos milhares que nos cercam no nosso dia a dia, tentando tirar-nos a paz e a amizade com Deus.

Mas livrai-nos do mal. São tantos os males desta vida: Assaltos, roubos, acidentes, tentações, etc.

Aqui temos a liberdade de chamar nosso Criador de PAI, e não somente meu Pai, mas, NOSSO, o que nos leva a unidade com todos os irmãos espalhados pelo mundo que também oram o PAI-NOSSO. Damos ao nome de Deus, o devido respeito (Santificado seja Teu nome) e pedimos que Seu Reino esteja entre nós. Entregamos nossa vida, quando pedimos que seja feita a vontade d’Ele. No meio da oração, no centro, mais uma vez, tratamos Deus como Pai, afinal quem é o responsável pelo nosso sustento, nosso pão de cada dia, senão o Pai? Mostramos-nos arrependidos quando pedimos perdão pelos nossos pecados. E assumimos nossas fraquezas, quando solicitamos a proteção, o livramento daqueles males que não podemos controlar.

Entretanto, me pergunto: será que vivemos em unidade com nossos irmãos? Será que verdadeiramente tratamos o nome de Deus com o devido respeito? E aceitar as vontades d’Ele em nossa vida é fácil? Perdoamos nossos irmãos na medida em que desejamos ser perdoados? E será que muitas vezes não facilitamos o mal de entrar em nossas vidas?

Pai livra-me de reduzir as palavras vazias, a oração que Jesus nos ensinou. Que eu saiba encontrar o sentido do pai-nosso, centrando minha vida na filiação divina e na fraternidade. Amém!
Fonte http://homilia.cancaonova.com/



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Homilia - 21.06.2017

CARIDADE, ORAÇÃO E JEJUM Mt 6,1-6.16-18
HOMILIA

O texto de hoje nos ajuda a fazer uma reflexão, uma introspecção. Estamos diante de um Evangelho que determina o nosso ser cristão. É, diria eu, o termômetro da nossa própria fé católica. E não poderia existir passagem melhor do que a do Evangelho de hoje.

A prática da justiça, no sentido religioso, significava a busca de justificação diante de Deus. As mais consagradas eram: a esmola, a oração e o jejum. Por esta prática o piedoso judeu julgava-se justo diante de Deus. Com atitude ostensiva, os líderes religiosos do templo e das sinagogas afirmavam seu prestígio e poder.

A penitência, muitas vezes vista como uma prática de sofrimento, na verdade tem o caráter modificador, que nos transforma que nos faz perceber que podemos viver sem certas coisas do mundo. Que mais forte é Deus que nos dá o suficiente para viver. Compreendemos que os sacrifícios feitos deverão, portanto, ser fonte de crescimento, de amadurecimento espiritual e não motivo de promoção pessoal. E por isso, não devem ser expostos ao mundo, pois é interioridade, é intimidade com Deus.

Isto vale para todos os nossos atos religiosos ou aparentemente humanitários. Não podem ser forma de se vangloriar de sua bondade, mas de promover sua espiritualidade e também o bem de outras pessoas.

Sê assíduo à oração e à meditação. Disseste-me que já tinhas começado. Isso é um enorme consolo para um Pai que te ama como Ele te ama! Continua, pois, a progredir nesse exercício de amor a Deus. Dá todos os dias um passo: de noite, à suave luz da lamparina, entre as fraquezas e na secura de espírito; ou de dia, na alegria e na luminosidade que deslumbra a alma.

Se conseguires, fala ao Senhor na oração, louva-o. Se não conseguires, por não teres ainda progredido o suficiente na vida espiritual, não te preocupes: fecha-te no teu quarto e põe-te na presença de Deus. Ele ver-te-á e apreciará a tua presença e o teu silêncio. Depois, pegar-te-á na mão, falará contigo, dará contigo cem passos pelas veredas do jardim que é a oração, onde encontrarás consolo. Permanecer na presença de Deus com o simples fito de manifestar a nossa vontade de nos reconhecermos como seus servidores é um excelente exercício espiritual, que nos faz progredir no caminho da perfeição.

Quando estiveres unido a Deus pela oração, examina quem és verdadeiramente; fala com Ele, se conseguires; se te for impossível, detém-te, permanece diante dele. Em nada mais te empenhes como nisso.

Não se trata de conceber a oração interior, livre de todas as formas tradicionais, como uma piedade simplesmente subjectiva, e de opô-la à liturgia, que seria a oração objectiva da Igreja; através de toda a verdadeira oração, alguma coisa se passa na Igreja e é a própria Igreja quem reza, porque é o Espírito Santo que vive nela que, em cada alma única, “intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rom 8, 26). E essa é, justamente, a verdadeira oração, porque “ninguém pode dizer ‘Jesus é o Senhor’ senão por influência do Espírito Santo” (1Cor 12, 3). O que seria a oração da Igreja se não fosse a oferenda daqueles que, ardendo com grande amor, se entregam ao Deus que é amor?

O dom de si a Deus, por amor e sem limites, e o dom divino que se recebe em troca, a união plena e constante, é a mais alta elevação do coração que nos é acessível, o mais alto grau da oração. As almas que o atingiram são, na verdade, o coração da Igreja; nelas vive o amor de Jesus, Sumo-Sacerdote. Escondidas com Cristo em Deus (Col 3, 3), não podem deixar de fazer irradiar para outros corações o amor divino de que estão cheias, concorrendo assim para o cumprimento da unidade perfeita de todos em Deus, como era e continua a ser o grande desejo de Jesus.

Jesus nos mostra neste texto ao falar da oração, jejum e caridade de forma consciente o momento e o ato mais importante da nossa íntima união com Ele. E nos faz saber que estes atos devem ser livres e desimpedidos, desinteressados de reconhecimento. A partir do momento em que vivemos estas três lições de Cristo oração, jejum e penitência, em nossas vidas, tudo em nós será um eterno aleluia. Jesus terá verdadeiramente ressuscitado em nós.

Espírito de piedade ensina-me o modo de agir que realmente agrade ao Pai, e mereça a recompensa divina.
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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Homilia - 20.06.2017

O AMOR PERFEITO Mt 5,43-48
HOMILIA

Amar e rezar pelos nossos inimigos e perseguidores é o conselho de Jesus. Do mesmo jeito que o Pai age conosco. Por isso, não podemos nos limitar a amar somente aqueles que nos amam, não haveria mérito. Não somos obrigados a gostar ou admirar, Jesus nos ordena que amemos. E amar é querer o bem, é ajudar, é reconhecer que todas as pessoas são objeto do Amor de Deus. À primeira vista, nós não encontramos nenhuma coerência, nem mesmo sentido, para a ação de rezar pelos inimigos. Mas, se nos dizemos filhos do Pai que está no céu e, se de fato queremos sê-lo, não podemos agir de outra maneira. Aqui na terra, quando os nossos pais são pessoas de bem, nós alimentamos o propósito de imitá-los. Mais ainda, nós precisamos copiar o Pai perfeito do céu, que nos ama do jeito que somos, que não nos cobra, que nos perdoa, mesmo quando somos filhos e filhas ingratos. A perfeição, a grandeza e o poder do Pai estão no amor e o Seu Amor foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo, portanto podemos amar os nossos inimigos.

O Amor Perfeito! É assim que prefiro chamar o amor de Deus. Aquele que passa por cima do ódio que deveríamos sentir pelos nossos inimigos: «Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu». Nestas palavras de Jesus está a perfeição do amor.

Jesus hoje nos exorta longamente para que respondamos ao ódio com amor. Este texto, aparecendo nessa situação, ajuda-nos a compreender, que Mateus vê no amor aos adversários, a característica específica dos discípulos de Cristo.

As palavras de Jesus indicam duas maneiras de viver: A primeira é a dos que se comportam sem referência a Deus e sua Palavra. Esses agem em relação aos outros em função da maneira como eles os tratam, a sua reação é de fato uma reação. Dividem o mundo em dois grupos, os amigos e os que não o são, e fazem prova de bondade só em relação aos que são bons para eles. A segunda forma de viver não põe em primeiro lugar um grupo de homens, mas sim o próprio Deus. Deus, por seu lado, não reage de acordo com a maneira como o tratam; pelo contrário, «Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lucas 6,35).

Jesus chama assim a atenção para a característica essencial do nosso Deus. Fonte transbordante de bondade. Deus não se deixa condicionar pela maldade de quem está à sua frente. Mesmo esquecido, mesmo injuriado, Deus continua fiel a si próprio, só pode amar. Isto é verdadeiro desde a primeira hora. Diferentemente dos homens, Deus está sempre pronto a perdoar: «Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos» (Isaías 55,7-8). O profeta Oséias, por seu lado, ouve o Senhor dizer-lhe: «Não desafogarei o furor da minha cólera… porque sou Deus e não um homem» (Oséias 11,9). Numa palavra, o nosso Deus é misericordioso (Êxodo 34,6; Salmo 86,15; 116,5 etc.), «não nos trata de acordo com os nossos pecados, nem nos castiga segundo as nossas culpas» (Salmo 103,10).

A grande novidade do Evangelho não é tanto o fato de que Deus é Fonte de bondade, mas que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: « Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!» (Lucas 6,36). Através da vinda do seu Filho até nós, esta Fonte de bondade está agora acessível. Tornamo-nos, por nosso lado, «filhos do Altíssimo» (Lucas 6,35), seres capazes de responder ao mal com o bem, ao ódio com amor. Vivendo uma compaixão universal, perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do outro, pelo desprezo em relação àquele que é diferente.

Impossível para os humanos entregues às suas próprias forças, o amor pelos inimigos testemunha a atividade do próprio Deus no meio de nós. Nenhuma ordem exterior o torna possível. Só a presença, nos nossos corações, do amor divino em pessoa, o Espírito Santo, permite amar assim. Este amor é uma consequência direta do Pentecostes. Não é em vão que Estêvão, «cheio do Espírito Santo» termine com estas palavras: « Senhor, não lhes atribua este pecado. » (Actos 7,60)

Como Jesus, o verdadeiro discípulo faz com que a luz do amor divino brilhe no país sombrio da violência como é o nosso Brasil.

Este amor, longe de ser um simples sentimento, reconcilia as oposições e cria uma comunidade fraterna a partir dos mais diversos homens e mulheres, da vida desta comunidade sai uma força de atração que pode agitar os corações. É este o amor que eu chamo de perfeito, o amor que perdoa até aqueles que nos podem tirar a vida.

Pai faça-me teu imitador, que eu aprenda a amar perfeitamente como me amaste a mim e aos outros e não me deixes cair na tentação de fazer acepção de pessoas. Que eu ame a todos, sem qualquer distinção.
Fonte http://homilia.cancaonova.com